Os brasileiros estão no topo do ranking de compradores internacionais de imóveis de alto padrão na Flórida. Dados divulgados pela associação Florida Realtors mostram que o valor médio das propriedades adquiridas por brasileiros alcançou US$ 489.519 — o mais alto entre os principais países investidores no estado.
Esse movimento colocou o Brasil em posição de destaque no mercado imobiliário da Flórida, com um volume total de US$ 1,451 bilhão investido em residências. Os números reforçam a força do comprador brasileiro, que não só investe mais por imóvel, mas também amplia sua presença nas regiões mais estratégicas do estado.
Com clima ameno, vasta oferta turística e grande concentração de brasileiros, a Flórida tem se mantido como o principal destino de investimentos imobiliários do país na América do Norte. Em 2023, o Brasil respondeu por 12% do total de compras internacionais no estado, ocupando a segunda colocação, atrás apenas do Canadá (17%).
Na cidade de Orlando, um dos mercados mais aquecidos dos Estados Unidos, os brasileiros representaram 20% de todo o capital estrangeiro investido em imóveis residenciais, superando compradores da Venezuela (13%) e do Canadá (11%).
O estudo também traça o perfil de quem está investindo. As preferências apontam para casas espaçosas e de uso familiar: 44% dos brasileiros compraram casas unifamiliares, seguidas de apartamentos em condomínios (33%) e townhouses (15%).
Quando se trata da finalidade do investimento, as motivações variam:
32% compraram imóveis como casa de férias;
29% fixaram residência principal;
23% investiram para gerar renda com aluguel.
Chama atenção o método de pagamento: mais da metade dos brasileiros, 55%, realiza a compra à vista — o que indica maior poder de barganha e agilidade nas negociações. Outros 40% financiam por meio de hipotecas nos Estados Unidos.
Áreas mais buscadas pelos brasileiros
As regiões de Miami, Fort Lauderdale e West Palm Beach concentram 41% das compras brasileiras. Já o eixo Orlando-Kissimmee-Sanford representa 36% das aquisições. Jacksonville e outras áreas somam os 23% restantes.
O interesse crescente dos brasileiros pelo mercado imobiliário da Flórida confirma uma tendência consolidada: mais do que segunda residência ou fonte de renda, os imóveis nos Estados Unidos se tornaram uma estratégia de proteção patrimonial e mobilidade internacional.
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