Balneário Camboriú, cidade catarinense conhecida pelos arranha-céus à beira-mar e pelo metro quadrado mais valorizado do Brasil, está passando por uma nova transformação. A poucos minutos da região central, um bairro agreste e cercado por natureza preservada desponta como o novo polo do ultraluxo nacional. É o Estaleiro — área de proteção ambiental (APA), onde prédios altos são proibidos e a taxa de ocupação dos terrenos não pode ultrapassar 40%. Nesse cenário de mar cristalino, costões rochosos e Mata Atlântica intocada, surgem projetos arquitetônicos de tirar o fôlego, assinados por nomes de peso da arquitetura nacional e internacional. Nos próximos anos, especialistas apontam que a região deve se consolidar como um refúgio dos ultrarricos, com o conceito de quiet luxury, que traz um luxo sutil, sem ostentação, focado em design refinado, conforto e conexão com o entorno.
“Durante anos, o Estaleiro permaneceu fora do radar do mercado imobiliário justamente por suas rígidas restrições ambientais — e isso preservou o que ele tem de mais valioso: a paisagem, a privacidade e o silêncio. Trata-se de uma orla única, onde não haverá grandes torres nem adensamento urbano, além de ser a região mais segura de Balneário Camboriú.. Por isso, cada projeto precisa ser pensado de forma autoral, com absoluto respeito ao entorno. Nosso objetivo é transformar essa região em uma galeria de arquitetura a céu aberto, com obras que unam arte, natureza e sofisticação. Mais do que comercializar imóveis, estamos propondo uma nova forma de viver o litoral brasileiro, com qualidade, discrição e identidade”, comenta Fabricio Bellini, CEO da Blue Heaven, que tem três projetos em fase de pré-lançamento para o Estaleiro.
Monolity: premiado e escultural
Assinado pelo escritório Architects Office, liderado por Greg Bousquet, o Monolity já conquistou o prêmio internacional Urban Design Architecture Awards 2024. Inspirado no percurso natural do rio e do mar, o traçado do projeto incorpora uma grande rocha que simula a entrada em uma caverna, conduzindo a ambientes de lazer com piscinas que lembram lagos naturais, spa, lareiras, lounges e espaço para meditação. Com 24 unidades e área construída de 14.693 m², o residencial terá apartamentos com quatro suítes, terraços amplos e piscinas privativas. A fachada mistura vidro, pedra e madeira. Com tíquete médio de R$ 20 milhões e VGV estimado em R$ 270 milhões, o Monolity alia arquitetura autoral e sofisticação integrada à natureza.
Aquos: fluidez e conexão com o oceano
Com apenas 12 unidades e preços que chegam a R$ 44 milhões, o Aquos aposta em uma arquitetura orgânica e sensorial. Também assinado por Greg Bousquet, da Architects Office, o projeto utiliza concreto aparente pigmentado e moldado artesanalmente para criar uma fachada que remete às formações rochosas naturais. Todos os apartamentos contarão com piscinas privativas inspiradas em lagos, sem degraus e com bordas orgânicas. As coberturas terão, ainda, piscinas suspensas com fundo e laterais de vidro instaladas no teto. O edifício terá três pavimentos e área comum com piscina central envolta por vegetação nativa. O paisagismo é de Rodrigo Oliveira e o VGV total estimado é de R$ 300 milhões.
Arquitetura pioneira com madeira engenheirada e concreto ciclópico
Assinado por Márcio Kogan e Samanta Cafardo, do Studio mk27, o empreendimento Kogan Madê terá apenas seis unidades e arquitetura arrojada que se camufla à paisagem. Estruturado com madeira engenheirada certificada e concreto ciclópico, o edifício terá lajes que parecem suspensas e blocos de pedra aparentes. As unidades, com até 312 m², contarão com terraços amplos, piscinas orgânicas privativas e “super jardins” integrados à restinga. O projeto prioriza a leveza, a ventilação cruzada e a conexão total com o meio ambiente. Com apenas três pavimentos, será construído em um terreno de 1.852 m², com 60% de preservação da área verde.
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