Com um cenário econômico desafiador e custos crescentes, a construção industrializada desponta como uma solução eficiente para construtoras que buscam mais produtividade e previsibilidade financeira. Dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) indicam que o setor da construção civil cresceu 4,1% no ano passado. Para 2025, a expectativa é de uma desaceleração, com uma projeção inicial de expansão de 2,3%. A justificativa por trás do pouco otimismo passa muito pelo contexto desafiador da economia, que gera altas taxas de juros além da alta nos valores dos materiais e mão de obra.
Além desse fator, a escassez de mão de obra também vem assombrando este mercado, visto que está cada vez mais difícil encontrar profissionais qualificados para atuar nas construções. Para enfrentar esse cenário, as construtoras devem buscar alternativas para contornar o problema a partir de soluções inteligentes visando driblar a conjuntura atual não tão promissora. Um dos modelos que deve aparecer com destaque e ganhar ainda mais espaço dentro do setor será a chamada construção industrializada.
Tal método é conhecido por utilizar componentes pré-fabricados e processos industriais para otimizar obras, substituindo parte das atividades tradicionais no canteiro por processos fabris. A partir dessa premissa, a técnica acelera o cronograma, reduz custos e eleva a qualidade das edificações.
Com componentes prontos para montagem, como painéis e estruturas pré-moldadas, esse tipo de construção acaba por acelerar o processo de construção, uma vez que é possível realizar diversas etapas simultaneamente, minimizando atrasos e retrabalhos. A precisão dos processos automatizados em ambiente fabril garante também maior eficiência e controle nas execuções.
Além da agilidade, esse modelo construtivo assegura maior previsibilidade financeira. O planejamento detalhado e a padronização das peças reduzem desperdícios e evitam custos extras com aditivos contratuais. A qualidade também se eleva, já que os componentes são produzidos sob rigorosos padrões industriais, como ocorre com o sistema Steel Frame, que oferece melhor desempenho térmico e acústico.
Outro ponto relevante é a sustentabilidade. A industrialização reduz o uso de recursos naturais, minimiza o desperdício e diminui o transporte de materiais, reduzindo poluentes. Utilizando novamente o sistema Steel Frame como exemplo, ele é capaz de reduzir em até 90% o consumo de água na comparação com a alvenaria tradicional, além de facilitar a reciclagem de insumos.
A flexibilidade é também um benefício estratégico. Reformas, ampliações e adaptações tornam-se mais simples e com um impacto muito menor nas outras operações em andamento. Trabalhar com sistemas construtivos industrializados minimiza ainda a falta de mão de obra qualificada, visto que trazem mais qualidade de vida para o canteiro de obras.
Em um cenário de repressão econômica, com ganhos em eficiência, qualidade e sustentabilidade, a construção industrializada deixa de ser uma tendência para se consolidar como um novo padrão. Em um mercado cada vez mais competitivo, adotar essa abordagem pode ser o diferencial para construtoras que desejam crescer e se destacar.
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