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Como a Caixa quer ampliar o crédito habitacional no país

Na prática, os compradores precisarão dar um valor maior de entrada no imóvel. Fora isso, as parcelas também aumentam com a Selic

30/01/2025 às 10h00
Por: Redação Fonte: Exame
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Como a Caixa quer ampliar o crédito habitacional no país

A partir de novembro de 2024, ficou mais difícil financiar um imóvel pela Caixa Econômica Federal. O banco estatal alterou as regras e passou a exigir uma entrada maior dos compradores. O contexto para a decisão foi a crescente demanda por imóveis no mercado brasileiro e o grande volume de saques da caderneta de poupança — origem dos recursos utilizados pela para os empréstimos via Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).

À EXAME, a vice-presidente de Habitação da Caixa, Inês Magalhães, afirmou que o banco não desistiu do pedido de redução da alíquota do compulsório para conseguir mais crédito para o financiamento imobiliário. No entanto, da agenda tratada entre o setor da construção, dos bancos e o Ministério da Fazenda, a VP cita outro ponto importante: a criação de um papel que pudesse ser interessante para os fundos dos investidores institucionais.

“Somos um dos poucos países em que os fundos de pensão e previdência não investem em habitação. Consideramos que há espaço para continuar a discussão por aí. A discussão já foi proposta e rolou durante todo o segundo semestre. Agora, a bola está com a Fazenda”, afirma Inês.

Com as mudanças realizadas no final do ano passado, aqueles que financiarem seus imóveis pelo sistema de amortização constante (SAC), a entrada, antes de 20%, passa para 30% do valor do imóvel. Já aqueles que optarem pelo sistema Price verá a entrada aumentando de 30% para 50% do valor do imóvel.

A Caixa só liberará o crédito a quem não tiver outro financiamento habitacional ativo com o banco e para valor de avaliação ou de compra e venda limitado a R$ 1,5 milhão.

Na prática, os compradores precisarão dar um valor maior de entrada no imóvel. Fora isso, as parcelas também aumentam com a Selic.

As mudanças se aplicam apenas a futuros financiamentos. Nesse caso, em que o banco financia diretamente a construção, as condições atuais serão mantidas. A Caixa concentra 70% do financiamento imobiliário brasileiro, segundo informações da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança) — e 48,3% das contratações do SBPE.

Para um imóvel de R$ 800 mil no modelo SAC, a Caixa financia até R$ 560 mil (70%). Os outros R$ 240 mil (30%) devem ser dados de entrada. No modelo Price, o mesmo imóvel de R$ 800 mil terá até R$ 400 mil (50%) financiados pela Caixa e os outros R$ 400 mil ficam a cargo do tomador (50%)

 

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