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Uso de dados é apontado como solução para resolver desafios do mercado imobiliário

Cristiano Gregorius, Diretor de Operações de Software do Sienge, alerta que as indústrias que não usam dados não vão superar desafios do mercado

09/09/2024 às 10h30
Por: Redação Fonte: Estadão Imóveis
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Na construção civil, o uso de Inteligência Artificial vem ganhando o status de ferramenta essencial para as empresas que querem se manter relevantes. Especialistas também enumeram a importância da adoção de novos métodos construtivos, como o BIM e a construção modularizada, reforçam o diferencial do uso de drones para inspeções e mapeamentos de áreas e destacam a importância de acompanhar as operações do canteiro de obras em tempo real.

No entanto, para Cristiano Gregorius, Diretor de Operações de Software do Sienge, nenhuma inovação é tão crucial quanto o uso de dados. “Quando olhamos para o segmento, vemos que 70% das decisões são empíricas. As pessoas decidem o futuro do seu negócio baseadas apenas em práticas passadas, na experiência e no achismo”, lamentou, em palestra no Construsummit, evento que reúne executivos do mercado imobiliário para debater gestão e tecnologia no setor.

“Ouvimos muito que ‘o modelo sempre funcionou’. O reflexo disso é que a nossa indústria cresceu apenas 1% em produtividade anual nos últimos 20 anos. A média de crescimento dos outros setores econômicos é de 2,8%”, compara Gregorius.

Ele argumenta que é importante respeitar a experiência dos gestores, pois foram eles que movimentaram o mercado até o momento, mas sinaliza que não é isso que vai levar o segmento para o futuro. “Não usar dados é perda de dinheiro”, sintetiza.

Na visão de Gregorius, a eficiência passa obrigatoriamente pela integração entre a coleta de dados, o uso e a aplicação. “É fundamental explorar dados internos e do mercado, digitalizar serviços e utilizar softwares, mas é preciso entender que a adoção da tecnologia é uma jornada. Não é importante onde você está hoje, mas onde vai chegar”, orienta.

“A transformação digital não é mais uma tendência, é uma pendência e quem não está fazendo isso agora vai ficar pelo caminho”.

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