27 de agosto é o Dia do Corretor de Imóveis, data que celebra uma conquista histórica da categoria: em 27 de agosto de 1962, o Decreto Lei nº 4.116 regulamentou a profissão com a criação do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci) e dos Conselhos Regionais (Creci-PR). De lá para cá, foram muitos os percalços e conquistas para estes profissionais que ajudam a realizar sonhos. Ao todo, são cerca de 400 mil profissionais e 50 mil empresas de intermediação de negócios imobiliários em todo o país.
Falando sobre legislação, o Cofeci está elaborando uma proposta de modernização da Lei Federal 6.530/78, que regula a profissão do corretor, para ser entregue ao Congresso Nacional. Se aprovado, o projeto vai trazer profundas mudanças no exercício da profissão. O objetivo do Cofeci é atualizar a lei criada em 1978, que sofreu poucas revisões desde então, adaptando-a às exigências, à digitalização e ao funcionamento do mercado atual.
Dentre as principais mudanças previstas estão a exigência de curso técnico ou superior para exercer a profissão e a implantação de um exame de proficiência, que seria obrigatório para quem deseja ingressar na carreira. “A exigência de uma formação seria para nivelar os profissionais em nível técnico, para trabalho na angariação e plantões de vendas, por exemplo, e nível superior para as demais atribuições do corretor. Já o exame de proficiência talvez seja o ponto mais importante nesse momento, para eliminar as escolas que vendem diploma. A única forma de atestar a qualidade da formação do corretor seria pela verificação do conhecimento via exame. Com isso, se diminui os processos administrativos e disciplinares”, explica João Teodoro da Silva, presidente do Cofeci.
O projeto prevê ainda a criação do Registro de Responsabilidade Técnica (RRT), documento que obrigaria os corretores a pedir autorização por escrito antes de executar qualquer transação imobiliária. “Seria um termo nos moldes dos engenheiros, para possibilitar um controle maior sobre os anúncios imobiliários, de forma 100% virtual, combatendo o exercício ilegal da profissão: o Cofeci hoje tem uma média de 16 mil autuações por ano. É menor do que já foi no passado, mas ainda bastante incidente”, finaliza o presidente.
Melhor fase para ser corretor
Carlos Eduardo Canto é presidente da Confraria Imobiliária de Curitiba e tem 48 anos de experiência no mercado. “Testemunhei muitas transformações ao longo dos anos. Posso dizer sem exageros que a profissão de corretor melhorou muito e mantém ótimas perspectivas de futuro. Estamos na nossa melhor fase, cada vez mais integrados com as entidades representativas da classe e da indústria da construção, como o Creci, Cofeci e Ademi. Nossos órgãos se preocupam em melhorar a qualidade do nosso trabalho de forma ética e profissional e, com isso, nós e a sociedade só temos a ganhar”, avalia.
Segundo Canto, o mercado reconhece a profissão de corretor de imóveis como realizador de sonhos. “E não somente para o sonho da casa própria: os corretores hoje estão preparados para atuar como consultores de investimentos em produtos residenciais, comerciais, condomínios e de logística. Os clientes se preocupam mais com esses aspectos e buscam valorizar seu investimento e patrimônio. Com isso, o corretor precisa se manter atualizado, com conhecimento para poder auxiliar todos os tipos de clientes. Nas reuniões mensais da Confraria, um dos nossos objetivos é esse, além de incentivar o networking qualificado com os presidentes e representantes das entidades da classe”.
Convivência harmoniosa
“A Associação de Dirigentes das Empresas do Mercado Imobiliário tem o papel fundamental de entender as mais diversas nuances do mercado do ponto de vista de demanda, de falhas, dos mais diversos aspectos, e traduzir isso para uma comunicação. Para isso, é imprescindível uma convivência harmoniosa e propositiva da Ademi com os associados e vice-versa. Justamente porque a Ademi é um ecossistema que junta os mais diversos players do mercado, de imobiliária até donos de incorporadora”, afirma o presidente da Ademi-PR, Thomás Gomes.
Segundo o presidente, é imprescindível que a Ademi preste um papel de percepção de aspectos positivos e negativos que estão sobrando ou faltando no mercado. “Dessa forma, podemos propor oportunidades para nossos associados e eles, por sua vez, repassam para suas equipes as melhorias, mudanças e alertas, para que nosso setor como um todo seja cada vez melhor”.
Por sua vez, o Creci-PR busca capacitar os profissionais inscritos, assegurando que todos estejam alinhados com as melhores práticas e regulamentações vigentes, e fomentando eventos e parcerias. Recentemente, o Conselho Regional alcançou o número histórico de 50 mil inscritos.
“Foi um grande marco para a nossa instituição. Curitiba é um grande polo de oportunidades no setor imobiliário, especialmente diante da legislação estadual que favorece um ambiente de negócios robusto e dinâmico. A cidade oferece um vasto mercado de trabalho para corretores de imóveis, com uma crescente demanda por profissionais qualificados”, ressalta Luiz Castegnaro, presidente do Creci-PR.
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