O mercado de locação sofre com a escassez crônica de imóveis. Esse é mais um reflexo do déficit habitacional, problema ocasionado pelo aumento populacional e pela baixa produtividade construtiva. O consultor da CUPOLA, Dioner Segala, explica que, nesse cenário, angariar imóveis e fazer a manutenção da carteira existente são igualmente importantes. “Imobiliárias precisam investir tanto na captação quanto na retenção de locadores”, defende.
Nesse sentido, a capacidade de construir relacionamentos é fundamental, mas não pode ser uma responsabilidade exclusiva da linha de frente. Todas as atividades que compõem o segmento de locação, desde a angariação até a desocupação do imóvel, precisam ser executadas por profissionais que sejam capazes de criar vínculos fortes com os clientes. Para a consultora e sócia da CUPOLA, Denise Vieira, o aperfeiçoamento de competências sociais deve ser priorizado pelas empresas. “Desenvolver as habilidades de relacionamento de todos os profissionais precisa fazer parte da cultura organizacional das imobiliárias”, reforça a especialista.
No entanto, as rotinas de imobiliárias de locação são intensas, principalmente nas de pequeno porte. Com isso, a formação dos profissionais é generalista, para que consigam desempenhar diversas funções. Entretanto, essa sobrecarga de atividades pode atrapalhar a conexão com os locadores. A esse respeito, Segala ressalta que ferramentas automatizadas podem ser fortes aliadas. “A inteligência artificial assume as tarefas burocráticas e operacionais, deixando as inteligências humanas livres para se relacionar genuinamente com os clientes”, conclui.
Denise defende que comunicação, cultura e experiência do cliente são os principais pontos a serem desenvolvidos nas equipes de locação. Ela também salienta que os treinamentos de qualificação profissional devem ser rotineiros, para acompanhar os movimentos do mercado imobiliário. “O investimento no desenvolvimento de habilidades de relacionamento precisa ser um processo contínuo”, indica.
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