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Incorporadoras do Minha Casa, Minha Vida listadas na Bolsa batem recorde de vendas no 2º trimestre

Juntas, as incorporadoras acima tiveram vendas líquidas de R$ 7,2 bilhões no segundo trimestre de 2024, alta de 33,4% em relação ao mesmo período de 2023

26/07/2024 às 08h30
Por: Redação Fonte: Estadão
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Incorporadoras do Minha Casa, Minha Vida listadas na Bolsa batem recorde de vendas no 2º trimestre

As incorporadoras listadas na Bolsa que atuam no Minha Casa, Minha Vida (MCMV) tiveram recordes de vendas no segundo trimestre - um reflexo dos incentivos ao programa habitacional que turbinaram o poder de compra da população. Cury, Direcional, MRV e Plano & Plano tiveram picos de vendas de imóveis entre os meses de abril e junho, conforme mostraram suas prévias operacionais. A Tenda também ampliou as vendas de forma relevante mesmo sem ter batido um recorde.

Juntas, as incorporadoras acima tiveram vendas líquidas de R$ 7,2 bilhões no segundo trimestre de 2024, alta de 33,4% em relação ao mesmo período de 2023. Todas aceleraram os novos projetos também. Ao todo, elas lançaram empreendimentos avaliados em R$ 7,1 bilhões, avanço de 31,8% na mesma base de comparação anual.

A Moura Dubeux, com atuação no Nordeste, também fechou o trimestre com expansão dos lançamentos e das vendas. O resultado foi considerado muito positivo pelo presidente da incorporadora, Diego Villar. “Foi o recorde de vendas para qualquer trimestre da história da companhia”, disse. “Isso é devido à consistência dos produtos. Quando tivemos ousadia em lançar mais, o mercado respondeu, comprando mais.”

O diretor financeiro e de relações com investidores da MRV&Co, Ricardo Paixão, afirmou que o MCMV está em sua melhor fase, como resultado da entrada em vigor de várias medidas de incentivo nos últimos meses. "O momento é muito bom. E vai ficar ainda melhor", afirmou, em entrevista, referindo-se a outras melhorias em implementação.

Desde a metade de 2023, o governo federal aumentou o subsídio dado às famílias para aquisição de imóveis (de R$ 47,5 mil para R$ 55 mil), cortou os juros em 0,25 ponto porcentual para o financiamento das famílias de menor renda (para o patamar de 4% a 4,25% ao ano) e elevou o teto de preços dos imóveis de R$ 265 mil para até R$ 350 mil em todo o País, permitindo que mais moradias fossem enquadradas. Também houve expansão do prazo de financiamento de 30 para 35 anos.

Mais recentemente, foi cortada de 4% para 1% a alíquota do Regime Especial de Tributação (RET) para projetos da faixa 1 do MCMV, para famílias com renda de até R$ 2,6 mil, o que aumentou o apetite das construtoras neste segmento. O último benefício que passou a valer foi o chamado 'FGTS Futuro', em que o mutuário pode agregar os depósitos futuros no seu FGTS para pagar as parcelas do financiamento, o que na prática significa um poder de compra maior.

A cereja do bolo ficou por conta dos governos estaduais, que passaram a ofertar subsídios adicionais aos compradores de imóveis do MCMV. Isso tem funcionado como maneira de colocar para dentro do mercado as famílias de renda mais baixa.

Por exemplo: o programa Casa Paulista, de São Paulo, oferece subsídios entre R$ 11 mil e R$ 16 mil para aquisição de moradias do MCMV. Já o Morar Bem, de Pernambuco, aporta R$ 20 mil, assim como o Casa Fácil, do Paraná. Também existem iniciativas do mesmo tipo no Rio de Janeiro, Goiás, Rio Grande do Sul e outros Estados.

 

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