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IA pode gerenciar riscos de eventos climáticos e aumentar resiliência das cidades

O cenário é de urgência, reforçou a diretora de sustentabilidade do CTE e membro do comitê técnico de net zero water do GBC Brasil, Adriana Hansen

09/04/2024 às 10h30
Por: Redação Fonte: CBIC
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IA pode gerenciar riscos de eventos climáticos e aumentar resiliência das cidades

Projeções da Organização das Nações Unidas (ONU) alertam para uma crise iminente em que mais da metade da população global enfrentará escassez de água. Esse cenário é acentuado pelas mudanças climáticas, que aumentam a frequência e intensidade de eventos climáticos extremos, como secas prolongadas e inundações. Para enfrentar essas adversidades, é fundamental uma transformação em direção a soluções urbanas mais resilientes, capazes de mitigar os impactos das mudanças climáticas e garantir o acesso sustentável à água para todos os habitantes. 

Com o objetivo de debater o potencial uso da Inteligência Artificial (IA) e de outras tecnologias para antecipar, mitigar e gerenciar riscos associados a eventos climáticos extremos nas áreas urbanas e aumentar a resiliência das cidades para garantir a segurança dos empreendimentos contra desastres naturais, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) promoveu o painel “O uso da inteligência artificial na gestão de riscos de eventos climáticos extremos” durante o 98º ENIC | Engenharia e Negócios, nesta quinta-feira (4). 

Todo ano acontece a mesma coisa e a engenharia pode preparar e mitigar danos maiores, destacou o moderador do debate, Nilson Sarti, vice-presidente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CBIC. “Os impactos das mudanças climáticas e o stress hídrico exigem uma reflexão profunda. É preciso avançar nessa temática e redobrar os esforços para reduzir os riscos associados a esses desafios iminentes”, disse.  

Ricardo Fabel, membro do Comitê de Inteligência Estratégica da COIC/CBIC, destacou o desafio que o mundo enfrenta com o aumento da população mundial. Segundo ele, a população atualmente está em torno de 8 bilhões de pessoas, com uma projeção de cerca de 11 bilhões até 2100. “Fica evidente que estamos diante de uma questão sem precedentes”, afirmou. “Esse já é um grande desafio para a humanidade. No entanto, os projetos atuais ainda não contemplam adequadamente essa realidade alarmante, o que nos coloca diante de um gargalo significativo em termos de planejamento e implementação de medidas eficazes para lidar com essa crescente demanda”, apontou. 

O cenário é de urgência, reforçou a diretora de sustentabilidade do CTE e membro do comitê técnico de net zero water do GBC Brasil, Adriana Hansen. “Os efeitos das mudanças climáticas já afetam todo o Brasil. A efetivação de mudanças nos projetos construtivos requer não apenas tecnologia e inovação, mas também educação e conscientização sobre o tema. Além disso, é importante o envolvimento da sociedade em geral na adoção de comportamentos mais responsáveis em relação ao uso de recursos naturais, como a água”, disse. 

A maior parte do território brasileiro ou está secando ou está sofrendo com as cheias, dois eventos climáticos extremos com impactos ambientais e sociais, esclareceu o head de Hidrologia da Fractal Engenharia, Cleber Gama. Segundo ele, os eventos extremos hidrológicos primários são enchentes e secas, o que tem afetado inúmeras pessoas todos os anos. E, para a prevenção de eventos extremos, a Inteligência Artificial tem avançado. 

Durante o debate, Gama apresentou o desempenho do sistema desenvolvido para a coleta de dados de estações hidroclimáticas e de sensoriamento remoto atualizados em tempo real. Ele explicou que o sistema permite definir limiares de estiagem e inundação por meio da ferramenta de notificações, o usuário pode ser alertado sobre eventos hidrológicos críticos. Além disso, a utilização de Inteligência Artificial para previsões por conjunto e multi modelos permite considerar diferentes cenários e realizar pós-processamentos para uma análise mais precisa e abrangente. 

“O sistema de previsão é apenas a primeira etapa no gerenciamento de eventos extremos. Com o objetivo de antecipar ações e prover tempo hábil para amenizar potenciais riscos. O monitoramento contínuo é essencial em todas as etapas”, disse. 

O 98º Encontro Nacional da Indústria da Construção (ENIC) é realizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) com o apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e do Serviço Social da Indústria (Sesi). O evento ainda tem o patrocínio do Banco Oficial do ENIC e da FEICON, a Caixa Econômica Federal, do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (CREA-SP), Mútua, Sebrae Nacional, Housi, Senior, Brain, Tecverde, Softplan, Construcode, TUYA, Mtrix, Brick Up, Informakon, Predialize, ConstructIn, e Pasi.

O tema tem interface com o projeto “Descarbonização do Setor da Indústria da Construção e os Negócios e Soluções Inovadoras em Sustentabilidade”, da Comissão de Meio Ambiente (CMA), e com o projeto “Sustentabilidade das Empresas do Segmento de Obras Industriais e Corporativas”, da Comissão de Obras Industriais e Corporativas (COIC) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). O painel ainda tem interface com o projeto “Responsabilidade Social na Indústria da Construção – O Futuro da Minha Cidade”, que tem a correalização do Serviço Social da Indústria (Sesi).

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