No primeiro mês do ano, o custo da construção registrou aumento de 0,27%, segundo dados do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), na última terça-feira (6). Apesar da estabilidade no custo com materiais e equipamentos, com variação de 0,07%, o custo com mão de obra cresceu 0,48% e o com serviços aumentou 0,62%.
De acordo com a economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos, o cenário mostra que os custos do setor seguem patamares elevados, não indicando retorno aos níveis pré-pandemia. “Nos últimos quatro anos ele acumulou elevação de 57,99%, patamar muito superior à inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do período: 27,31% (acumulado janeiro/20 a dezembro/23)”, disse.
O estudo da FGV mostrou que as principais elevações de custo em janeiro foram registradas em projetos (+0,72%); esquadrias de alumínio (0,76%); cimento Portland comum (+1,06%); servente (+0,97%); e engenheiro (+0,58%).
A economista destacou ainda que todas as capitais componentes do INCC/FGV registraram aumento no custo com a mão de obra: Belo Horizonte (+0,16%), Brasília (+0,06%), Porto Alegre (+0,21%), Recife (+0,43%), Rio de Janeiro (+0,60%), Salvador (+0,30%) e São Paulo (+0,69%).
“Para 2024 espera-se que o custo com os materiais de construção continuem registrando relativa estabilidade. A maior pressão sobre o aumento do INCC neste ano deverá ser observada no custo com a mão de obra”, apontou Ieda.
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